terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Se querem se f***, que se f***, mas meus ouvidos não são latrinas.

O Brasil está exportando drogas. A quais me refiro exatamente? as auditivas. De eguinha pocotó e Dako é bom para cá, parece que entramos num dadaísmo musical sem fim. Não há mais harmonia nas músicas de artistas nacionais, nem melodia e nem letra bem elaborada. Predominam as rimas vagabundas e a linguagem chula.


Recentemente, soldados israelenses coreografaram o ritmo "ai se eu te pego", de Michel Teló. Meu Deus, que vergonha sinto pelo nosso país. Do ponto de vista palestino, esta música até que combina com a política externa de Tel-Aviv - "assim você me mata". Uma sugestiva escolha. Por que os compositores não criam coragem e fazem uma letra escrachada e objetiva do tipo "Eu tenho muita grana, vem me dar a sua chana, vem me dar a sua chana"?  Todo mundo sabe que fuGidinha é dar uma "trepadinha" e que "trepadinha" significa "comer xoxota". Deixemos de falsos moralismos.

"Ai se eu te pego" significa levar alguém para a cama. Detesto duplo sentido. Se o objetivo é fuder, que se fodam textualmente e objetivamente falando. Mas se eu fosse presidente da república, eu censuraria algumas dessas músicas escrotas.

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