sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A "superioridade" cultural do ocidente.

Repercute negativamente na imprensa internacional as imagens de vídeo onde quatro soldados norte-americanos urinam em cadáveres de inimigos no Afeganistão. Isso obviamente se caracteriza como um crime de guerra pela Convenção de Genebra. 


E além do mais, tal ato de covardia se converte em excelente peça propagandista anti-ocidental. 

Achamos um ato de barbárie quando radicais da Al-kaeda promovem ações terroristas em NY, Madrid ou Londres, mas ignoramos os atos de perversidade cometidos pelo oeste nestas malogradas guerras no Oriente Médio ou quando interferimos na soberania política dos países da região.

Civilização ou barbárie? Os eurocentristas de meados do século XIX e início do século XX, se vivos fossem, repensariam seus conceitos de superioridade. 

Queremos exportar nosso modelo de democracia e nossos valores para toda a aldeia global, sem antes consultar aos povos do planeta se desejam ou não comungar de tais idéias.

A seita islâmica Boko-Haram, que promoveu atentados contra igrejas cristãs na Nigéria durante o último natal pode ser encarado como uma reação a este ocidentalismo. Não aprovo ações de violência, mas a mãe de todas elas é a violência simbólica dos elementos culturais. E não acredito que o islamismo defenda a morte de pessoas inocentes.

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