quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Desenvolvimento econômico e social.



Desenvolvimento econômico, quando não alicerçado à eficientes políticas públicas, resulta em efeitos nocivos que a todos atingem, como drogas e trabalho informal. 

Não basta fazer o bolo aumentar, tem que se criar instrumentos para que as desigualdades sociais não sejam demasiadamente elevadas. Programas de transferência de renda como bolsa família e pró-jovem encontrariam efeitos mais concretos quando integrados à qualificação e/ou inserção de seus beneficiados no mercado de trabalho. 

Avançamos a nível de Brasil na democratização de oportunidades (embora não possamos fazer paralelos com a situação do Aracati nos últimos oito anos), porém é preciso fazer mais. Bem mais! A dívida social é enorme e tem que começar a ser paga. Nos últimos 20 anos, pomos fim à desordem inflacionária. Agora, a meta é elevar a qualidade de vida do povo brasileiro ao patamar do padrão de vida europeu. Recentemente, superamos em termos nominais o produto interno bruto (pib) do Reino Unido, mas ainda levaremos em torno de duas décadas para "vivermos como um inglês".

Cabem aos gestores municipais, de Entes federativos e da União estabelecerem planos de desenvolvimento sócio-econômico visando fomentar um espírito de empreendedorismo e adotando políticas que estimulem as empresas nacionais a se expandirem e até se transnacionalizarem. Quanto mais prosperam, mais recursos contará o Estado para investir em áreas estratégicas.

Efeitos práticos da prosperidade econômica.
No caso dos municípios, percebe-se que quando uma empresa de grande porte decide abrir uma filial, logo se vê um decréscimo de mãos ociosas. Uma vez ocupados, uma legião de trabalhadores receberá salários, gastarão nos comércios locais, estimularão lojas e supermercados a contratarem mais funcionários e a quem sabe se expandirem, inaugurando assim um virtuoso círculo de prosperidade. Pode se observar este fenômeno no interior do nordeste com o Fome Zero e o BF. 

Vale aqui fazer uma observação: que empresário investirá em uma cidade onde a gestão pública é ineficiente e que, por conta disso, faz ela ter um aspecto de descuido?

Vejamos o caso de Aracati: quantos cérebros perdemos nos últimos tempos em decorrência do colapso estrutural de nossa economia, que não oferece mercado de emprego para jovens que desejam construir suas vidas para além de bajulações de quem está no poder?

Com a palavra...


Melhorar a gestão do gasto público é hoje um de nossos maiores desafios.
O poder público tem a obrigação de investir as receitas advindas de tributação na melhoria de infra-estrutura e dos serviços básicos (educação, saúde), bem como estabelecer parâmetros de qualidade. 

Deve perseguir como meta governamental uma política de bem-estar social, com planejadas ações inter-setoriais. A meu ver, pode-se dar a uma administração pública o mesmo nível de exigência que se dá à administração privada, com regime de metas inclusive. Exigir seriedade e compromisso de agentes públicos. Qualificação, de funcionários públicos contratados ou efetivos. Valorizar a meritocracia e criar mecanismos que dificultem fraudes com o erário público. 



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