sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Artigo de reflexão: Pequena dissertação sobre social-desenvolvimentismo.



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Em matéria de economia, aposto no desenvolvimentismo econômico alicerçado à políticas sociais que contribuam efetivamente para a redução das disparidades de renda e também para a elevação da qualidade de vida do brasileiro. 

Não podemos nos esquecer de que a história do Brasil passou a ser reescrita nas últimas duas décadas e meia, com a sacramentação de garantias constitucionais que deram aos cidadãos direitos fundamentais outrora negados pelas elites nacionais em várias épocas do passado. 

De que vale os ricos ficarem mais ricos sem a criação de mecanismos compensatórios que permitam aos trabalhadores consumirem o que os mesmos produzem? 

Grande concentração de renda limita a expansão da atividade industrial. Essa foi a lição que John Maynard Keynes nos ensinou após a crise de 1929.

Defendo que o Estado se renove, se modernize, que não seja monopolista e que crie parcerias com a iniciativa privada. Que seja transparente e de fato isônomo, que as leis sejam inflexíveis para com atos de corrupção e que os planejamentos das administrações públicas não se limitem à quatro ou oito anos de mandato. Que seja um projeto de Brasil à curto, médio e longo prazo. 

Necessitamos ainda a redução do custo da máquina pública, com a otimização de gastos das receitas tributárias. Deve-se fazer uma reforma fiscal que leve à simplificação dos impostos (acabar com o efeito cascata, que pressiona a inflação para cima), reduzir o endividamento interno e as taxas de juros cobradas sobre seu montante. E para conter o déficit público, o governo tem de prosseguir com metas  de superávit, cortar gastos em supérfluos e investir pesado em setores estratégicos como transporte, saúde, educação e energia. De acordo com o orçamento de 2012, cálculos projetam que a receita será de R$ 2,257 trilhões e pagaremos R$ 655 bilhões no refinanciamento de nossa dívida. 

Pobres menos pobres.
Nos últimos dez anos, as políticas de transferência de renda do Governo Federal como o bolsa-família permitiram a redução dos vergonhosos índices de miséria. Milhões de pessoas migraram para a Classe Média, fazendo assim com que o país se tornasse um mercado consumidor atraente para investimentos internacionais. E as empresas nacionais também se fortaleceram. Ano após ano, as redes varejistas, por exemplo, registram expressivas elevações em seus prognósticos de faturamento, um inequívoco reflexo da inserção social na sociedade de consumo da faixa de renda mais pobre.

Vejo este programa com bastante otimismo, mas é necessário conciliá-lo com capacitação profissional e principalmente, exigir dos pais não apenas a presença de seus filhos na escola, mas para que façam com que seus filhos estudem. 

Defendo que um percentual do bolsa-família esteja atrelado à questão de o aluno atingir a média e mais, os que alcançarem notas máximas, ganhariam alguma bonificação de incentivo. Talvez isso mudasse alguma coisa em relação às relações familiares.

O PROUNI é um outro instrumento positivo na democratização de oportunidades, bem como a expansão da rede de instituições de ensino técnico em todo o Brasil. 

Em economia que cresce, aumenta a necessidade de mão-de-obra qualificada. As descobertas de reservas petrolíferas no litoral brasileiro e o aquecimento do setor imobiliário aumentarão bastante o campo de trabalho para todas as áreas da engenharia e também para técnicos de segurança no trabalho. Atualmente, há neste setor um déficit de mão-de-obra.

Temos que aumentar nossa participação no volume total de produções científicas, no registro de patentes e despontar no comércio de produtos de alta tecnologia, que detém maior valor agregado. Reduzir a informalidade é outro grande desafio.

Para concluir, é necessário mais participação dos indivíduos nos assuntos de interesse da coletividade.  Sermos cidadãos de fato e de direito. Insurgir-se contra governantes que parasitam do suor de seu povo. Pressionar para que a justiça não seja corporativista.

Por Caio Rocha.

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