sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um olhar para o futuro.

O Aracati cresce de forma desordenada. Ruas enviesadas, esgoto correndo a céu aberto em áreas periféricas, lixo se avolumando em encostas de muros... percebe-se claramente que não há um planejamento urbano sendo posto em prática por parte do poder público.

Como bem diz a letra do baião do Aracati, a cidade dos bons ventos é "mais torta que nem uma linha". Algumas ruas começam com porte de avenida e terminam estreitas de forma a dificultar a passagem de um caminhão de lixo. Lamentável.

As calçadas são cheias de altos e baixos, prejudicando a acessibilidade e socialização de portadores de dificuldades locomotoras. Se há código de conduta para as edificações do município, certamente não passa de letra-morta.

O calçamento é de pedra tosca.
"Modernidade"? Ora, veja bem! A rua grande é calçada com paralelepípedos.

São muitos os nós a desatar nesta terra dos bons ventos e de sóis tropicais.

Os serviços públicos são ineficientes. A máquina pública é viciada pelas práticas políticas comuns à República Velha. Clientelismo, patrimonialismo, empreguismo e todas as pragas que corrompem a nossa sociedade democrática.

O problema maior do Aracati não é econômico. É político. O grande desafio é desenvolver uma consciência crítica da sociedade, ao qual os cidadãos identifiquem os problemas e pressionem as autoridades para que possam saná-los.

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