domingo, 9 de outubro de 2011

Não mude de canal.

As  grandes redes de emissoras de tv aberta estão se rendendo às pretensões imperialistas dos embaixadores do "reino de Deus" nesta terra onde o demônio fareja almas de incrédulos a fim de levá-las para um lugar de choro, prantos e labaredas imensamente ardentes. 

Não se trata de uma crítica à qualquer denominação religiosa, até porque cada um escolhe o caminho a seguir em sua vida espiritual e, além do mais, não discuto questões dogmáticas. 

Se trata de pontuar que há necessidade de algum tipo de regulamentação do setor da mídia no tocante aos espaços televisivos dedicados para que pastores, padres ou quaisquer outras autoridades religiosas professem suas crenças resguardando um mínimo código de conduta num país onde a religiosidade é heterogênea.

O tempo de programação que poderia ser dedicado a exibir programas de qualidade aos notívagos como documentários são usados para "sanar as feridas" de corações partidos, narizes dilacerados pelo uso de drogas e resolver os problemas financeiros dos que estão bolsos rasgados, através da força da fé. 

Algumas pregações atacam crenças diferentes, condenando seus seguidores ao inferno eterno.

Sim, acredito na força da fé. A fé remove montanhas. Seja o Everest ou a Serra da Aratanha. Remove até algumas dunas de Canoa Quebrada. Mas ela ainda é uma questão pessoal. Respeitemos o direito à pluralidade.

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