sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Crise, crise e mais crise.

É. A Europa está "quebradinha". Por lá, a palavra "crise" provoca convulsões sociais em Madri e Atenas. E nos EUA, Obama vê seu índice de popularidade despencar com a elevação dos índices de desemprego. Estas duas regiões estão vivendo a sua "década de 80". O remédio dado pelo FMI para a zona do euro, por exemplo, é amargo. Arrocho fiscal, privatizações, aumento do tempo de contribuição previdenciária...medidas não bem aceitas pela população. Sabemos bem o gosto amargo que isso tem.

Como sair de uma crise econômica e evitar seu efeito mais devastador: explosão do desemprego e do nível de renda? Resposta: O Estado gastando. Mas o problema é que essa "receitinha" não tem como ser aplicada no atual contexto, já que os países europeus e a terra do tio Sam estão atolados em dívidas.

Dívidas estas contraídas pelo Estado por conta da turbulência causada pelos "títulos podres" que contaminaram o mercado financeiro e levaram alguns bancos a enfrentarem problema de caixa e até mesmo quebrarem a partir de 2008. A até então, o problema prossegue sem solução concreta dos líderes mundiais.

O Bush investiu tanto em uma política de emissão de moeda e contração de dívidas para custear o orçamento da defesa de seu país que gerou uma tsunami de dólares e títulos do tesouro dos EUA no mundo. A farra de liquidez expandiu a oferta de crédito dos bancos. O setor mais sentido foi o mercado imobiliário, beneficiado por baixas taxas de juros. Americanos do norte compraram suas casas achando que a bonança demoraria muito a se dissipar. Nada comparada à burocracia de um financiamento no Brasil. O preço do petróleo começou a disparar com o superaquecimento da economia global, já que a demanda se elevou consideravelmente. As taxas de juros nos EUA se elevaram para 5,25% em 2005. Quem contraiu empréstimos, viu os financiamentos se encarecerem. Em 2008, a bolha imobiliária explodiu.

O centenário Lehman Brother quebrou e obrigou o governo americano a intervir em várias instituições financeiras com dinheiro público. Até a General Motors recebeu ajuda de governo para evitar ir à falência. Bolsas despencaram, trilhões de dólares foram pulverizados da noite para o dia em todos os mercados acionários. 

Obama recebeu um pepino de seu antecessor.

Agora, em 2011, a crise volta com força. De natureza fiscal, que requer estado mínimo como solução. Grécia e Portugal pediram ajudas da União Européia e FMI. O impasse da extensão do teto da dívida dos EUA levou ao rebaixamento da nota de crédito deste país pela agência Standard & Poors. A terra de Platão e outros países do velho mundo foram rebaixados em sua nota de crédito e pagarão taxas de juros mais altas em suas dívidas públicas.

E caso o cenário externo piore, o Brasil tem condição de baixar os juros para estimular o crescimento.
Não chegamos ainda no fundo do poço. Só sei que Portugal deve estar querendo virar uma unidade federativa do Brasil

Nenhum comentário: