sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é teu é meu e o que é meu é meu.

A confusão entre o público e o privado é, no Brasil, um caso patológico e sem fronteiras definidas. Partidos políticos, ao chegarem ao poder pelo sufrágio eleitoral, independente do conteúdo ideológico que professam, loteiam os cargos administrativos entre seus apaniguados, não se preocupando assim com o princípio da eficiência e muitas vezes o de moralidade.

Pessoas muitas vezes sem competência requerida são postas em funções específicas (e algumas vezes estratégicas) a fim de preencherem a folha de pagamentos de Estados, municípios e governo federal, convertendo-se assim em gados de currais eleitorais de caciques partidários. E os efeitos disso sentimos no dia a dia quando 'visitamos' um hospital ou quando nossos filhos saem da escola sem saberem ler, escrever e realizarem as quatro operações matemáticas corretamente.

Essa apropriação do que é da coletividade é nociva à democracia. Prejudicial ao Estado de Direito. A cada eleição, esses funcionários públicos, alcunhados de temporários, sofrem as mais degradantes pressões. São impedidos de manifestarem suas idéias. E mais ainda se forem contrárias ao que pensa a situação. Se exercerem a liberdade que a Constituição de 1988 lhes dá, o poder discricionário fala mais alto. Uma canetada e...rua!

Defendo o concurso público transparente e regular como arma de combate a esse clientelismo. E sem contar que, ao se exigir um mínimo de qualificação profissional, se perceberá uma notável otimização dos serviços ofertados à sociedade pelo Estado.


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