sábado, 31 de dezembro de 2011

Pequena crônica: A morte das tradições.


De uma pequena fresta na janela, vejo o mundo passar em compasso frenético. As coisas deixam de ser o que são. E as tradições que embalaram nossa infância vão ficando apenas na lembrança que o saudosismo do presente nos faz recordá-las, porém não mais vivenciá-las, sob pena de ser considerado "retrógrado" ou "ultrapassado". 

Tudo vai perdendo seu significado nesta dita modernidade. Que tem feito azedar a nossa vida cotidiana  e a torná-la menos colorida e doce. Que impede crianças de soltarem pipas ou piões com tranquilidade, pois a droga e os criminosos estão aí, à espera de suas vítimas. Que temos feito para conosco? 

Não há mais pudor e respeito pelo outro ou por si mesmo. Vivemos uma auto-destruição coletiva em doses homeopáticas. Melhor deixar a janela fechada e viver no meu mundo, que é muito mais racional e justo que o que está lá fora.

A modernidade me detesta. E eu sou indiferente a ela.

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