domingo, 4 de dezembro de 2011

Estamos mais distantes um dos outros. Para REFLEXÃO.

Modernidade. 

Mentes insanas ou bem intencionadas têm atração descomunal por essa palavra. Em centros high-tech de Bangalore ou Vale do Silício, são produzidas as inovações tecnológicas que amanhã estarão em exposição nas prateleiras de grandes lojas de produtos especializados. E que certamente serão febre em consumo. 

Tudo se transforma com maior velocidade hoje do que no passado. No compasso frenético do tempo. Mal nos acostumamos com um tipo de tecnologia e dentro em breve, esta já se encontra obsoleta.

Lembro-me quando estudava, pelos idos de 2004 e ter um celular V3 da Motorola era ostentar um ícone da moda e estar sintonizado com a contemporaneidade. 

Hoje, ser moderno é ter um tablet ou Iphone 4g. E amanhã, o que será a tendência a guiar-nos por este mar de imprevisibilidade?

Nos idos de 1900, achávamos que o progresso material nos traria a felicidade. Após o lançamento da bomba atômica em cidades japonesas no ano de 1945, percebemos o quanto nos tornamos distantes dela. 

Carl Sagan, notável astrônomo e que muito contribuiu para popularizar a ciência, disse em um de seus programas da série Cosmos que hoje temos condição de destruir a totalidade da vida no planeta. Limites éticos foram quebrados em nome da 'evolução' humana. 

O Irã e a Coréia do Norte desafiam a comunidade internacional com seus programas nucleares. São regimes ditatoriais que colecionam muitos inimigos. Se houvesse uma terceira guerra mundial, decretaríamos a extinção do "homo sapiens sapiens". O conhecimento é uma luz que ilumina as mentes do homem da ignorância e do primitivismo. Porém ao olharmos demais para o sol, corremos o risco de ficarmos cego. Por conta de nossas vaidades e de nossa completa falta de limites.

Manipulamos o código genético de diferentes formas de vida. Não demorará muito para o ser humano ser clonado. Talvez em no máximo 2 décadas. E se clonado, será uma vida. Se esta vida for alguma 'aberração' como foi a coitada da Dolly que morreu tão cedo por diversas complicações de saúde, será descartada como ratos de laboratório? Ditadura da ciência pode ser tão perversa e irracional quanto ditadura religiosa. O progresso serviu para encher os bolsos das grandes empresas. Não contribuiu para elevar o espírito de grandeza desta espécie. Pessoas ainda morrem de fome no mundo, mesmo com os notáveis recordes de produtividade na agricultura. Pessoas ainda morrem de sede na África, quando sabemos que em um país árido como Israel ninguém sofre com esse problema.

Vivemos em um mundo descartável. E onde cada um de nós é descartável também. Não estamos ainda no patamar da mútua cooperação. Precisamos sim de desenvolvimento, de progresso. Mas acima de tudo, de responsabilidade e ponderação. Já dominamos a tecnologia para mover veículos a hidrogênio. Não a implementamos porque seria um duro golpe para empresas petrolíferas. Que prossigam investimentos em tecnologias limpas, em fontes de energia renováveis.

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