quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Aracati virou terra de Hilux.

Algumas pessoas da elite do Aracati não tem bom gosto. Parcelam suas compras em dez vezes no cartão de crédito na mais badalada loja de roupas da cidade. Acham que ter uma Hilux significa ostentar um símbolo de status e poder numa terra onde os miseráveis se avolumam nas calçadas do centro comercial enquanto se esquecem que o carro do ronda do quarteirão, que prende bandidos por aqui é dessa marca. Quando estão dentro de tais veículos, sentem-se reis. Eu jamais compraria um carro de luxo que é usado pela polícia para prender foras-da-lei.

E Hilux combina com alguns deles mesmo. Deviam deixar as suas em casa e andar de carona na do ronda, mas não exatamente no banco da frente...


Não sou rico, mas se a vida me agraciasse de ser um, certamente saberia escolher um bom carro pra me exibir. Quem sabe um Porshe, uma ferrari ou algum conversível top da última moda na Europa, Japão e EUA?

E como mega-milionário, mobilizaria outros endinheirados desta terra para fazermos uma paralisação das ruas do centro exigindo asfalto de qualidade para que assim pudéssemos mostrar o quão ricos (e fúteis) somos. Mas a burguesia feudal do Aracati, salvo exceções, fede. E olha que nem tenho amores pelo capitalismo e muito menos ainda pelo socialismo.



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