quarta-feira, 5 de junho de 2013

Que tipo de liberalismo você é contra?


A começo de história (minha praia), há dois tipos de liberalismo:

(I) O que se enquadra no "laissez faire" ou deixa fazer, deixa passar, alcunhado de Estado Mínimo e que segue as diretrizes do FMI e do liberalismo proposto por Adam Smith e que não aceita em nenhuma hipótese a intervenção do governo em assuntos de foro privado,baseando-se na crença da "mão-oculta do mercado", que se autorregularia.

(II) De natureza moderada e que não ignora a importância do governo no tocante a sua missão de promover o bem estar social e zelar pela livre-concorrência entre indivíduos, combatendo cartéis, monopólios, trustes, oligopólios, etc, que trazem danosas implicações a todo conjunto de iniciativas individuais.

Minha visão liberal não exime o Estado de suas responsabilidades, portanto, simpatizo com o liberalismo moderado. Seria irracional defender a redução de investimentos em sistemas de saúde, de educação ou em infra-estrutura, que são as fontes geradoras de prosperidade e satisfação social a qualquer nação. Porém a carga tributária de um país não deve ser elevada ao ponto de colocar a cabeça de seus habitantes na forca e os recursos arrecadados devem ser gastos de forma racional.

Sou radicalmente contra o Estado Patriarcalista e este deve ser combatido pela evolução intelectual da sociedade. A individualidade é suprimida, bem como a liberdade de expressão. Em campanhas políticas, muitos funcionários de natureza temporária se vêem obrigados a segurarem bandeiras de candidatos para manterem-se em seus empregos efêmeros conseguidos, não necessariamente pelo mérito, mas pela troca de favores e conveniências com os players da política nacional. Repudio a premissa "Tudo do Estado, pelo Estado e para o Estado". Isso abre margem para ditaduras, corrupções e alienação de consciências. Não cabe a ele ocupar o papel que deve pertencer à iniciativa privada.

Nós, seres humanos, somos naturalmente desiguais e, ao mesmo tempo, complementares uns aos outros. Porém, no império da constitucionalidade, todos são iguais juridicamente e as instituições governamentais devem zelar pela isonomia. Nada de favoritismos.

Minha visão liberal não se coaduna com a idéia de tirar dos ricos para dar aos pobres. Isso é clientelismo. A preocupação de qualquer governante deve ser enriquecer financeiramente e intelectualmente seus cidadãos através de uma cultura que valorize o estudo e o empreendedorismo. Essas duas palavras são os mecanismos mais eficientes de combater a miséria, a fome e várias mazelas sociais. O indivíduo emancipado não tem "gratidão" por um político que lhe dá cesta básica porque simplesmente este pode adquiri-la com sua própria renda.

Nenhum comentário: