quarta-feira, 12 de junho de 2013

Brasil e a cultura da acomodação.

Duas coisas levam qualquer nação para frente: educação e trabalho. No Brasil, nenhuma das duas coisas é valorizada, por isso ostentamos indicadores de qualidade de vida tão pífios. Estas duas palavras, quando combinadas, trazem consigo o progresso de uma civilização, através de diretrizes governamentais que sacramentem uma cultura empresarial, a livre iniciativa e do self-made-man. A prosperidade industrial e econômica absorve a mão de obra ociosa. Com o tempo, a intensidade do processo produtivo criará condições permitirão aumentar salários dos trabalhadores, garantindo mais qualidade de vida para eles.

Infelizmente, no Brasil, tudo caminha em sentido contrário. Toquemos no assunto Educação: a realidade vivenciada pelos educadores é aterradora. Genitores ou responsáveis não se preocupam com o processo educacional de seus rebentos ou tutelados, educando-os a fim de superar os limites que porventura carreguem, principalmente as limitações de natureza sócio-econômicas. E estes, ao serem introduzidos no mercado de trabalho, terão em seus vencimentos um reflexo da sua baixa qualificação. Ninguém mais quer estudar, esta é a verdade. Todos querem ganhar dinheiro fácil. Tanto é verdade que o governo outro dia tentou trazer 6.000 médicos cubanos! Por que não formamos nossos profissionais de alta linha?

Com esta cultura assistencialista aqui arraigada, que considera pobre como coitadinho, as pessoas tem cada vez menos se esforçado para conseguir as coisas por mérito próprio. Nosso povo é muito acomodado. Deveria a nação se mobilizar em prol de um sistema de saúde e educação de qualidade, além de transparência de gastos dos impostos que a Receita arrecada. E os problemas se avolumam e este modelo de Estado paternalista que consagra o ócio como uma virtude entrará em crise e medidas duras deverão ser tomadas, mais cedo ou mais tarde.

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