quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aos "futuros mendigos".

Com a universalização do ensino nos últimos 15 anos, todos passaram a ter (pelo menos na teoria) acesso à instrução pública. Em era de transformações tecnológicas, é uma escolha do indivíduo valorizar ou não os gastos que o governo federal, estadual e municipal realizam na área da educação. O mundo do trabalho é pautado pela concorrência e seletividade. A natureza garante o nascimento e não a sobrevivência. E é graças à educação que podemos atingir duas importantes autonomias: financeira e intelectual. A primeira, sana as necessidades existenciais de primeira ordem (como por exemplo, de se alimentar) e desobriga o indivíduo a ter de se submeter à teia de favores de pessoas mal intencionadas que ambicionam chegar à cargos públicos para lesar o Erário. A segunda, faz o indivíduo refletir sobre o papel que ocupa no mundo e dá a ele um caráter ativo.

Quando passo pelas ruas do centro de Aracati, sempre efervescente, questiono a mim mesmo se muitos dos alcoólatras e vendedores de beira de calçadas e praças tiveram a oportunidade de estudar para fazer concurso, ou conseguir um emprego que remunere um pouco melhor e que lhe permita sustentar com qualidade a si e sua família. Uns, de fato, não tiveram tais oportunidades. E outros as tiveram e as desperdiçaram. Ser pobre não é e nem será motivo de vergonha para quem quer que seja. Mas em geral, nossa vida é um reflexo de nossas escolhas. Como educador, questiono-me quantos alunos que passaram pela minha vida ou mesmo que passarão, serão médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, militares ou mendigos... Veja o vídeo abaixo e não se sinta um coitado.


O sucesso do indivíduo é o sucesso do coletivo. O fracasso do indivíduo é o fracasso do coletivo. Esta é a verdade inquestionável.

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