sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Brasil é o país mais paradoxal que existe.


No Brasil, os mecanismos que regulam os preços das coisas (a mão invisível do mercado) não funcionam como deveriam. 

Apesar de termos um vasto potencial energético, com amplas bacias hidrográficas e vultosos investimentos feitos no setor de energia nos últimos 10 anos, ainda assim pagamos tarifas elevadas todos os meses. Quem garante que depois de Belo Monte entrar em operação, pagaremos menos pelo serviço?

Parte deste problema é a nociva e predatória carga tributária nacional e a outra parte é a falta de ação de mecanismos reguladores do Estado, que beneficia sempre os concessionários.

É um absurdo saber que um litro de gasolina custa em média 2 vezes mais barato nos EUA que no Brasil, e olha que eles têm uma demanda gigantesca de petróleo, pressionando para cima as cotações internacionais desse produto, mantendo-o na casa dos US$100.

Quem é o mais prejudicado com isso? Os indivíduos da Classe C, já que é impensável um empresário não repassar ao consumidor os custos de transporte. 

Com o pré-sal em operação, engana-se quem pensar que os combustíveis aqui ficarão mais baratos,  pois a lógica da Petrobrás semi-privatizada é lucrar. Estes hidrocarbonetos atenderão à demanda global, principalmente a de estadunidenses e chineses. O que certamente acontecerá aqui são os preços se estabilizarem nos patamares atuais. Isso só acontece por falta de planejamento estratégico das autoridades governamentais, que elaboram contratos de concessão permissivos demais, sem quase nada exigir contrapartidas como serviços eficientes.

Mesmo havendo concorrência entre operadoras de telefonia móvel, ainda assim se paga um absurdo por minuto. 

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