segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aracati, teu passado precisa ser resgatado.

É um erro crasso estudar a história do nosso estado sem mencionar a cidade de Aracati. Somos privilegiados por nossa posição geográfica e por termos sido um dos pontos fundamentais para a efetivação da ocupação da Capitania do Siará. Além do mais, em meados do século XVIII, éramos o pulmão da economia cearense, em virtude do comércio da carne de charque. A isto, a natureza nos foi gentil: um rio para escoar nossa produção, o sal, devido à proximidade do mar, o sol o ano inteiro e os bons ventos, que sopram por estas paragens.

Orgulhamo-nos de ser a terra de Dragão do Mar, um dos cearenses mais notáveis, que lutou pela causa abolicionista no Estado do Ceará. Somos ainda a terra de Adolfo Caminha, escritor renomado que polemizou a sociedade conservadora do século XIX com os romances A normalista  e O bom crioulo. E como não mencionar Castorina Pinto, que em todos colocavam apelidos? 

E como esquecer da irreverência de Chico de Janes, que virou até marchinha carnavalesca? 
Não podemos deixar também de fazer referência à educadora Rosália Nepomuceno, reconhecida por seu vasto conhecimento e que muito contribuiu para levar saberes à gente da terra aracatiense. 

Quem nunca experimentou um picolé de Zé de Sofia? Ou o suco de tamarindo lá do Seu Ponciano?

Somos a terra que é embalada por brisas suaves, sob os raios dos sóis tropicais. Aracati tem seu nome gravado nas áureas páginas da história do Ceará e do Brasil. E no coração de todos que daqui se retiram, mas que guardam dentro do peito a lembrança deste espaço de saudades que acolhe sem distinção.

Precisamos conhecer a sua história, para que se possa construir o futuro em solo firme, aprendendo com os erros do passado.

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