domingo, 25 de março de 2012

Movimento em defesa da revogação da lei de anistia.

 


O papel do historiador é buscar a verdade nas fontes a que se tem disposição. Ainda que as conclusões que se façam sejam indigestas, todo povo tem o direito de saber o que acontecia nos bastidores da ditadura militar brasileira. 

Discute-se no Supremo Tribunal Federal a revogação da lei de anistia, que abriria espaço para a sociedade civil ter acesso aos sigilosos e sombrios arquivos do período. Um desejo sobretudo de milhares de brasileiros que vivenciaram cenas de tortura em "calabouços" dos órgãos de repressão do Regime ou de parentes que até hoje choram lágrimas de saudade. Muita coisa tem de ser esclarecida. Muitas respostas necessitam ser dadas. Que destino teve os dissidentes sumidos? Que oficiais violaram a dignidade de seres humanos em espancamentos e mutilações? Que pessoas comuns promoveram atentados contra este Estado de Exceção alegando lutarem pelo retorno das liberdades individuais? 

Quem matou Wladimir Herzog merece ir para o xilindró. 
Quem sequestrou o embaixador americano Charles Elbrick ou assaltou bancos e matou policiais, também. 
Quem assaltou bancos ou fez parte de organizações criminosas e que pegaram em armas, idem.
Mas creio que o STF não anulará a lei, pois meia república iria presa.

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