segunda-feira, 12 de março de 2012

Crise do bem-estar social?


O Estado de bem-estar social não foi o responsável pela crise financeira de 2007- (?). O vilão foi imprudência dos agentes financeiros especulativos. Mas para os ultraliberais, a fórmula do "Estado Mínimo" é a solução para os graves problemas econômicos que atingem a Zona do Euro. 

A Grécia terá parte da sua impagável dívida perdoada ao custo de milhares de demissões no funcionalismo público. Deverá ainda fazer severos ajustes fiscais. Vários outros países do bloco também possuem dívidas acima de seus PIB´s e terão de seguir a mesma receita. Investimentos nas áreas de educação, saúde e infra-estrutura serão os mais afetados. 

A Europa está vivendo a sua década de 80: baixo crescimento econômico e sem sinal à médio prazo de que as coisas se estabilizarão. Cresce o desemprego, aumentando as pressões sociais. Na Espanha, a taxa está acima de 20%! Os sindicatos marcaram uma greve geral para o dia 29 de março. Além disso, os governos discutem a possibilidade de reverem suas legislações previdenciárias, como na Bélgica e França. Querem elevar o tempo de contribuição para a aposentadoria, pois observa-se queda na taxa de natalidade e aumento da população idosa e da expectativa de vida, o que pressiona para cima os gastos do Estado com pagamento de pensões além dos serviços de saúde ofertados.

Os tecnocratas do FMI, do Banco Central Europeu e do Federal Reserve não sabem o que fazer para evitar a estagnação do Primeiro Mundo. Mas uma coisa é certa: temos nós que fazermos nosso dever de casa, reduzindo o endividamento público interno, a taxa de juros e prosseguir investindo em setores estratégicos para o desenvolvimento nacional. 

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