domingo, 16 de setembro de 2012

Aos jacarés, aos bacuraus ou aos outros animais de nossa fauna política.

Em Aracati, os grupos políticos e seus simpatizantes estão acostumados a se polarizarem por critérios nem um pouco ideológicos em época de eleições e até posteriores a elas.

Um grupo se denomina animal A (jacaré) e o outro, animal B (bacurau).

Será que as lideranças políticas dessa cidade pensam que aqui é um jardim zoológico para tratarem seus eleitores como animais irracionais? 

Parece-me que sim. O mais cômico é a autoaceitação dessas classificações pelas pessoas convenientemente usadas como massa de manobra. Dizem elas: "Eu sou A, eu sou B".

Quem é analfabeto funcional não vai entender o que escreverei a seguir, mas vamos lá:

Há aproximadamente 1 século e meio atrás, o biólogo britânico Charles Darwin formulou a teoria de seleção e evolução das espécies. Disse ele que espécies que não se adaptam, desaparecem e tampouco evoluem. Estou torcendo para que haja uma evolução na política aracatiense e que ambos os animais (A e B) se extinguam de nossa fauna política e que nossa cidade volte a ser governada pelos homo sapiens. E que não me venha as ONG´s de defesa dos animais me torrarem a paciência que, por sinal, é muito pouca. 

Quem quer que se eleja, terá de desagradar a muitos interesses, se desejar fazer uma administração eficiente e voltada a resultados. 

Deverá dizer muitos não's.

Terá de fechar seus ouvidos a elogios gratuitos advindos de pessoas unicamente motivadas em preservar seu status quo.

Terá de dialogar com a sociedade as suas problemáticas mais gritantes. Não poderá se furtar em atos.

Deverá governar para todos. E democratizar oportunidades que a máquina estatal é capaz de propiciar. O concurso público deve ser a bandeira a ser defendida por cada um de nós.

E urge a necessidade de definição de uma agressiva política industrial, para que se ampliem as chances de ter um emprego decente, reduzindo a pressão por empregos públicos. É triste constatarmos que a Prefeitura é a maior fonte geradora de empregos e que tanta gente dela depende. É desse clientelismo que nasce os vícios que corrompem as instituições republicanas.

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