O governo da presidente Dilma convive com um paradoxo: queda nas taxas de desemprego e ao mesmo tempo baixo crescimento econômico. É fato que comparando a realidade vivenciada no Brasil com a do cenário europeu, estamos em posição relativamente mais confortável, porém isso não nos exime de fazermos as reformas estruturais que permitam dinamizar o setor público e produtivo do país.
Temos uma baixa taxa de investimento, de poupança e carga tributária elevada. Boa parte do que se arrecada é para pagar salários, pensões, aposentadorias e assistencialismos de finalidade eleitoreira. O que sobra, não é corretamente aplicado. Parte dos impostos é desviado através de N maneiras. Em ladroagem, somos campeões em inovação. Temos uma máquina estatal megalomaníaca: 39 ministérios, que consomem 58 de bilhões de reais, tudo para contentar os grupos políticos da base governamental. E a culpa disso não é do imperialismo americano. É única e exclusivamente de nossa desorganização enquanto sociedade e de nossa cultura de parasitismo e aversão ao trabalho.
Esse modelo de sociedade é insustentável. Somando-se a essas problemáticas, há uma crise de produtividade. Nossa economia está perdendo competitividade e acima de tudo o bonde da história.
É uma vergonha o país não ser capaz de formar sua própria mão-de-obra. O governo estuda trazer médicos estrangeiros para clinicar aqui. Nos setores industriais, há carência de engenheiros de vários ramos, arquitetos, químicos, dentre outros profissionais. E o que é mais triste é saber que os brasileiros se preocupam mais com a copa do Mundo e com futebol do que com os problemas nacionais.
Leia o artigo publicado no Financial Times aqui.
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