A presidente Dilma herdou o legado eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições, porém seus perfis políticos e orientações ideológicas são completamente distintos. Ela não é populista, não tem uma retórica que cative as massas e no que tange à condução da política externa do país, tem procurado manter uma certa distância em relação a países que adotam formas totalitárias de governo como por exemplo o do Irã e o da Venezuela.
Podemos sentir os efeitos dessa reorientação da atuação do Itamaraty nas palavras do porta-voz da república dos aiatolás, Ali Akbar Javanfekr: "A presidente golpeou tudo o que (o ex-presidente) Lula havia feito. Destruiu anos de bom relacionamento".
Outro ponto importante é o seu caráter técnico no tocante à administração pública. Na última reunião ministerial, determinou que os programas financiados pelo Governo Federal fossem monitorados on-line ou em tempo real. Garantir mecanismos de transparência e fiscalização da máquina pública é de suma importância para que se evitem desvios de verbas da União.
E além do mais, demonstra ter apreço pelo controle fiscal. O Ministro da Fazenda Guido Mântega afirmou que haverá cortes de gastos próximos de R$70 bilhões, tendo como objetivo atingir a meta de superávit, que é de 3,1% do PIB, porém não comprometendo os investimentos previstos dos programas Minha Casa, Minha Vida, PAC e as obras de infra-estrutura da Copa do Mundo. Parte das verbas parlamentares serão contingenciadas. Menos dinheiro para alimentar currais eleitorais.
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