sexta-feira, 4 de maio de 2012

Parabéns à Dilma por enfrentar os juros altos do Brasil!


O governo da presidente Dilma Rousseff está em uma verdadeira quebra-de-braços contra os extorsivos juros praticados por instituições financeiras brasileiras, em postura muito diferenciada da benevolência até excessiva do ex-presidente Lula em relação ao setor bancário.

Nosso país passa por um bom momento em sua economia, onde ocorre uma maior elevação dos rendimentos familiares das parcelas mais pobres da população e, para sustentar um crescimento mais robusto, necessitamos ter taxas de juros condizentes com patamares internacionais. 

Vale salientar que a taxa SELIC incide sob a remuneração de papéis da dívida pública, quando ela está elevada, obriga as autoridades fiscais e monetárias do Estado a economizarem recursos para atingir metas de superávit das contas públicas. Quanto mais alta, menos dinheiro há para educação, saúde e obras de infra-estrutura. E além do mais, os bancos brasileiros operam dentro de uma solidez, tanto é verdade que não foram afetados pela crise do sistema financeiro internacional.

Iniciou-se a guerra baixando-se os juros dos dois maiores bancos públicos brasileiros: Caixa e Banco do Brasil, em várias modalidades de empréstimos. Para não perderem sua carteira de clientes, os bancos privados aderiram à contragosto às medidas do governo e baixaram também as suas taxas de juros. Quem ganha com isso são as pessoas mais pobres e também as classes médias, pois poderão renegociar seus financiamentos de imóveis ou veículos pagando taxas de juros menores através de um novo empréstimo.

A queda da taxa básica de juros diminui a rentabilidade de outros investimentos, como o dos títulos públicos do Tesouro Nacional e tornou a velha caderneta de poupança mais atrativa, já que possui um rendimento mínimo fixado, de 0,5% ao mês + taxa de rendimento. Quem aplica em em geral são pequenos poupadores, já que não paga Imposto de Renda, até o limite de R$ 50.000. Temendo que os investidores de outras modalidades migrassem para ela, o governo alterou as regras e a partir de hoje, as novas aplicações terão sua rentabilidade condicionada à taxa de juros: abaixo de 8,5%, a remuneração será de 70% da SELIC+ taxa referencial. 

O trabalhador, como vimos, ganha e perde ao mesmo tempo. Juros altos são um enorme gargalo para o incremento da atividade econômica do país. Como as taxas internacionais estão em queda, esta é a hora do Brasil fazer sua atividade de casa. O próximo passo é fazer uma reforma fiscal e tributária profunda, para que nos tornemos mais competitivos.

Por Caio Rocha

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