segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Pequena reflexão histórica de nossa vida.



Quem são os construtores da história humana? Os engravatados de Wall Street, que brincam de apostar trilhões nas bolsa de NY ou de várias bolsas internacionais e que em nada se importam com o que acontece no campo de refugiados da seca em Dadaab, no Quênia? Os tecnocratas da Casa Branca ou de governos "de primeiro mundo" que, com suas políticas externas, interferem na soberania de povos da Ásia? Os CEO's de grandes corporações, que desconhecem a realidade de seus empregados? Não. Foram os sujeitos ocultos de todas as épocas, de todos os lugares, que deram seu suor e sangue para construir a glória da civilização humana, exemplificada nos arranha-céus que cortam os céus de Dubai ou mesmo os que colocaram viga por viga da ponte de Aracati. 

Gosto desse trecho da obra "História da riqueza do homem", de Léo Huberman. 
Os Diretores dos filmes antigos costumavam fazer coisas estranhas. Uma das mais curiosas era o seu hábito de mostrar as pessoas andando de carro, depois descerem atabalhoadamente e se afastarem sem pagar ao motorista. Rodavam por toda a cidade, divertiam-se, ou se dirigiam a seus negócios, e isso era tudo. Sem ser preciso pagar nada. Assemelhavam-se em muito à maioria dos livros da Idade Média, que, por páginas e páginas, falavam de cavaleiros e damas, engalanados em suas armaduras brilhantes e vestidos alegres, em torneios e jogos. Sempre viviam em castelos esplêndidos, com fartura de comida e bebida. Poucos indícios há de que alguém devia produzir todas essas coisas, que armaduras não crescem em árvores, e que os alimentos, que realmente crescem, têm que ser plantados e cuidados. Mas assim e. E, tal como é necessário pagar por uma corrida de táxi, assim alguém, nos séculos X a XII, tinha que pagar pelas diversões e coisas boas que os cavaleiros e damas desfrutavam. Também alguém tinha que fornecer alimentação e vestuário para os clérigos e padres que pregavam, enquanto os cavaleiros lutavam.
Enfim, o que quero dizer com esse texto? Que cada um é senhor de sua história e faz dela ter ou não valor para quem ler suas biografias na posteridade. Hoje temos a democratização das possibilidades. Fica anônimo quem quer. Para mim, o tempo é o pior túmulo que pode haver para um ser humano.Qualquer coisa que se resolva fazer, faça sempre o melhor. Não para se exibir, mas para provar para si mesmo que é capaz de superar obstáculos que aparecem.

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